"Essas palavras que escrevo me protegem da completa loucura." - Charles Bukowski

14.8.12

Paciência, medo, medo e paciência!

Um amigo me diz, não raro: As vezes nem tu te aguenta, né?

E a frase é absolutamente verdadeira, nem eu me aguento. Eu penso tanto, exijo tanto de mim, que isso me sufoca, me sinto afogada na minha inconformidade. O que já me fez repudiar esse meu cérebro pensante. A querer simplesmente viver a merce da sociedade e a me adequar a padrões pré concebidos de felicidade. E não tenho vergonha em admitir que achei que esse fosse o jeito de ser mais feliz, ledo engano. Me mutilei, me senti ainda mais rejeitada por mim mesma, mais miserável. Me senti pobre, paupérrima, inútil.



Este amigo tenta a cada dia me mostrar que preciso ter paciência comigo, a formular melhor meus pensamentos, a me mostrar ao mundo. A não ter medo de mim, e que o único caminho que tenho é me aceitar, é pra me aceitar é preciso que eu aprenda a ser eu. E é difícil aguentar o tranco, é tanta sensualidade, é tanta paixão, é tanta inconformidade, é tanta energia, é tanta exigência, é tanto medo, tanta impaciência.




4 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Esta tua frase diz tudo: " A querer simplesmente viver a merce da sociedade e a me adequar a padrões pré concebidos de felicidade."

    Ora, se a pessoa vai viver um padrão pré-concebido de felicidade (do tipo virar hippie, virar um playboy que vive de renda e não trabalha, viver realidades alternativas proporcionadas por álcool e drogas, viver em qualquer das "tribos" revoltadas que existem aos montes por aí, etc., essa pessoa NÃO VAI viver à mercê da sociedade. Pelo contrário, vai viver EXATAMENTE um dos papéis que a sociedade escolheu pra ela.

    A Sociedade diz à pessoa: "se você não concorda comigo, revolte-se, não estude, pratique pequenos delitos, pixe muros, use drogas, faça passeatas e pinte os cabelos de roxo com mechas amarelas. E muitas pessoas o fazem, achando que são autênticas, que vivem as SUAS vidas da maneira que querem, e que estão dando um grande FODA-SE para a sociedade, mas na verdade estão apenas desempenhando mais um papel que esta Sociedade desenhou. Ser autêntico não é pintar o cabelo de roxo, e sim ser livre para ser roxo por dentro, se der vontade.

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  3. Que lindo teu comentário Thiago!!! "Ser autêntico não é pintar o cabelo de roxo, e sim ser livre para ser roxo por dentro, se der vontade."

    Lindo

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  4. Que lindo teu comentário Thiago!!! "Ser autêntico não é pintar o cabelo de roxo, e sim ser livre para ser roxo por dentro, se der vontade."

    Lindo

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