"Essas palavras que escrevo me protegem da completa loucura." - Charles Bukowski

28.8.12

O que eu quero? réplica

Depois de um ano e meio passados do texto postado anterior, me surge esse, que já está parte escrito em folhas de papel. Surge, como o título já diz, uma réplica de uma Kelen mais madura, mais segura e mais tranquila consigo mesma. Mas ainda muito inquieta, e apaixonada, mas que se respeita mais apesar de suas imperfeições. E que se pergunta a cada novo texto: Será que um dia conseguirei eu colocar as minhas angustias em algum personagem?

O que eu quero? O que eu quero hoje?

Hoje eu gostaria de viver em um mundo diferente, num mundo onde houvesse liberdade. E que a suposta liberdade que temos não fosse simplesmente uma realidade inventada, uma falsidade vendida. Gostaria de viver numa democracia de fato e de direito e não nesta ditadura mascarada de democracia, que nos é imposta goela abaixo.

Queria viver em um país livre, em que o voto, ou a eleição de um governante significasse que a partir de então passaria-se a viver regido por um plano de governo que tivesse a cara, a impressão digital dessa pessoa, ou mesmo do seu partido político.

Viver em um mundo onde as diferenças fossem cultuadas, as diversidades fossem vistas com encantamento. Gostaria de não ser tratada como uma cabeça de gado. Que o mundo não fosse massificado.


Hoje estou em paz com aquele sentimento de revelação do texto anterior. Hoje sinto prazer em pensar. Pensar o mundo, pensar minha existência, pensar quem sou pra mim, pensar quem sou para os outros. Hoje sinto prazer da dificuldade que tive para ser eu. Hoje admiro a minha capacidade de não simplesmente "fazer algo", mas pensar a respeito. De tentar traçar o meu caminho e não seguir uma rota pré definida. Hoje estou em paz com minha mente pulsante, estou em paz com o que fiz de mim, com o que estou fazendo de mim.

Ainda quero mudar o mundo, e sei que isso não depende apenas de querer, mas isso não me impede de querê-lo ainda mais. E não me apequena frente ao futuro incerto, não me cala. Hoje deixo-me ser, e mais do que isso aceito-me tal como sou.

Lembro-me de uma frase que fiz há uns meses em uma conversa tentando explicar a situação que vivia frente ao meu retorno a casa de meus pais. Eu quis o mundo e me perdi, voltei pra casa e encontrei meu mundo. Hoje sei que meu mundo eu carrego dentro de mim. E isso me basta, melhor é suficiente.




Um comentário:

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