"Essas palavras que escrevo me protegem da completa loucura." - Charles Bukowski

22.1.14

Saindo pela tangente

- Tu já amou alguém?
- Eu acho que...
- É tu não amou...
- Mas fulano eu poderia ter amado.
- Já começou errado.
- Tu só entra em relações que tu consegue deixar a trilha de saída. Tu precisa te entregar. Precisa dizer e viver tudo que há sem ter a data de saída pré-estabelecida.
- Mas com ciclano eu experimentei uma construção diferente.
- Mas olha ali a saída preparada.
 - É acho que nunca amei...

Será que as barreiras que criei ao meu redor são tão altas assim? Será que só deixo se aproximar quem eu julgo que não pode me machucar? Acho que não é isso. Acho que simplesmente defino a saída, quanto mais visível ela foi, mais intensa foi a minha entrega. PQP, agora tudo parece fazer sentido. Será que nunca amei? Ou será que apenas nunca me entreguei sem visualizar a saída? Será que amar é apenas entregar-se?  Será que amar é apenas não ter controle? Mas será que alguma vez eu tive o controle?

Estou tentando lembrar de uma frase que me foi dita ontem, e ela não aparece.  Quando tu visualiza a solução de um problema, ele perde a graça e tu parte pra outro... E será que eu faço assim com as pessoas também? Enquanto elas tem um mistério, elas me interessam, na medida que desvendo o mistério elas também perdem a graça?





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