"Essas palavras que escrevo me protegem da completa loucura." - Charles Bukowski

27.3.11

Ser Cientista

A ciência é uma profissão ingrata. Não sei se posso me habilitar a escrever sobre ser cientista uma vez que ainda não tenho certeza se é essa a profissão que de fato eu escolhi pra mim. No entanto este post pode esclarecer dúvidas a cerca do assunto. Acho que o que me frustra é a imagem que criei sobre O CIENTISTA, coloquei-o no roll dos Deuses, alguém que nunca falha, que sabe tudo, proprietário de uma visão a cerca do mundo que vive, assustadoramente esclarecida, que enxerga a frente de seu tempo, nomes como: Einstein, Feynman, Tesla, Planck, Huble, Marie Curie para citar alguns.

A questão é como encaro a responsabilidade de ser chamada pelo mesmo nome que eles foram, de fazer parte da mesma classe. Acredito que seja necessário merecimento para isso, e tenho dúvidas imensas em relação a física, como posso eu concluir um doutorado e ser chamada de cientista? Sei que parece uma crise de auto-confiança e talvez seja, mas nunca quis ser medíocre, fazer a minha parte e deu, sempre quis tudo, sempre quero tudo. Se é para encarar a responsabilidade de ser um cientista, então que eu seja uma CIENTISTA com letras maiúsculas. E tenho eu competência para isso? Tenho paciência pra isso? Tenho eu curiosidade suficiente? Tenho eu determinação e obstinação pra isso? Sou eu tão desprovida de orgulho para arriscar a viver uma vida sem louros?

Tudo isso me fez lembrar uma tirinha do P.H.D. Comics, histórias em quadrinhos sobre a vida de estudantes de pós-graduação. Eu me identifico muito com os dramas da Cecilia (A personagem de blusa vermelha).

Um comentário:

  1. É isso aí. Pesquise a física quântica, pesquise a Relatividade, e, se possível una as duas coisas. Mas não esqueça de fazer poesia.

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