"Essas palavras que escrevo me protegem da completa loucura." - Charles Bukowski

27.3.20

Reinvenção


Estou começando de novo.
O bom da vida é isso, talvez o segredo do bem viver seja este, saber se reinventar.
Hoje comecei a me candidatar para algumas vagas de emprego, refiz meu currículo e ataquei os sites de vagas. Mandei inúmeras candidaturas, agora é cruzar os dedos e esperar que alguma delas se interesse e me responda!
Além disso imprimi uma prova de concurso antigo, que se tudo correr bem terá seu edital divulgado ainda esse ano, o mais provável é que isso ocorra só ano vem, se até as olimpíadas foram adiadas, o que será de um reles concurso.
Volto a escrever para poder guardar aqui esse processo de reconstrução. Organizar meus pensamentos, dividir minhas angustias, anseios, frustrações e talvez ajudar aqueles que como eu tenham essa estranha mania de ter fé na vida apesar dos pesares.
Aceito sugestões de oportunidades de novas carreiras, aceito indicações de aulas particulares via skype, aceito free lancers.
É bom estar de volta. A vida é cíclica e ainda preciso a aprender a apreciar mais o caminho do que as conquistas.
Estou cheia de clichês hoje, mas a vida é o que acontece enquanto estamos fazendo planos.

That's my girl!

A água está caindo?
As vezes eu acho que vivo dentro do mundo fantástico de Escher, por mais que eu suba, sempre estou caindo, acabo por voltar ao início.

5.10.16

34 e agora?

Os anos vão passando cada vez mais rápido, não sei ao certo se é  porque o tempo encurta a medida que passa ou se o que faz o tempo esticar é o ineditismo da vida.
Porque afinal quando se vive a vida com intensidade e na busca para ser um ser humano novo e melhor todos os dias o que conta, aquilo que verdadeiramente conta é a própria intensidade é a própria viva, é a energia com que somos surpreendidos
Ei para tudo tu parece uma velha no final da vida escrevendo esse texto guria. Hahahahhahaha

Pois é acho que os 34 é assim, misto de sabedoria e juventude, é ser um jovem adulto ou um velho mirim.

Desejo a mim que a capacidade de me auto corrigir, de me puxar a orelha, de ousar, de correr riscos e brincar nunca me abandone. E que a sabedoria me chegue sem me pesar, Que eu não perca a alegria e a esperança de mudar o que precisa ser mudado. Espero que o conformismo nunca me alcance!

E que venham mais e mais 34...



30.8.16

Amor por viajar, não gosto de finais de ano.

O que eu mais amo em viajar? É simplesmente tudo! Amo planejar, decidir, pesquisar! Amo me envolver com as melhores, ou mais baratas opções, em pensar e refletir  o que deve prevalecer na hora de decidir. Desde a procura por passagens, e por hotéis ou holtes, a leitura de blogs de viagem, a construção mental de se visualizar no local e as milhões de histórias que tentamos advinhar que possa acontecer durante a viagem. Amo todos esses detalhes. Amo pesquisar e ler sobre o pais, a cidade a ser visitada, e isso só falando do quanto eu amo planejar viajar.
Resolvi escrever hoje porque acabo de oficializar o planejamento de uma nova viagem. É oficial vou viajar de 26.12 até 06.01.17. E eis que começo a chorar, influenciada pelo vinho rose que estou tomando e pelo sentimento de alívio de saber que vou fazer uma das coisas que mais amo, num período do ano que menos gosto, Choro pelo sentimento de libertação que essa decisão me traz. Vou viajar sozinha pra Lima e Cusco.

11.7.15

Vida

Curiosidade é a minha força motriz. Entender, aprender á meu maior prazer. Me deleito ao descobrir, ao aperfeiçoar uma técnica, um texto, uma pessoa. Sou apaixonada pelo o que está por vir, pelo que desconheço. Até pelas partes minhas que ainda quero desvendar ou construir. Amo o processo de construção, amo o trajeto e o presente.
Até onde estou disposta a andar por este caminho?
Não sei percorrer os mesmos caminhos, não suporto repetir os mesmos erros. Tenho aversão a histórias repetidas. Amo o novo, a novidade, o inesperado, a descoberta. Amo estudar os mapas, as rotas, as curvas e as dificuldades, porque, talvez eu já tenha aprendido que apenas encarando nossas dificuldades podemos merecer as recompensas da vida. Um amigo me disse: - Olha só como a vida tem sido generosa contigo! A minha vontade era responder: - Até que enfim. Foram muitos obstáculos encarados e superados. Eu apenas sorri, sorri como forma de reconhecimento, como agradecimento por ele me lembrar e me fazer apreciar o momento de extrema incerteza, mas de inúmeras estradas sendo abertas na minha vida.  E como disse o poeta: "...A vida é exigente porque é generosa. É dura porque é terna. É amarga porque é doce..." Eu Amo a exigência e a generosidade, a dureza e a ternura, o doce e o amargo porque eu amo a vida e sou apaixonada por vivê-la e inventá-la a cada nova manhã!

10.7.15

Algumas lições que a vida me ensinou


  1. O que tu quer e o que te realiza podem ser coisas diferentes e até antagônicas.
    Se tiver dúvidas sempre escolha a realização, ela é o único pagamento que te fará levantar da cama pela manhã pra trabalhar depois dos 30.
  2. Tentar agradar as pessoas não vai te ajudar a conquistá-las, na realidade quando fazemos algo para alguém motivados por sentimentos genuinamente nosso e não para agradar, não criamos expectativas e qualquer agrado, ou "retribuição" que possa vir te preencherá  muito, muito mais.
  3. Seja você mesmo sempre, mas não agrida ninguém pra isso. Pois é as vezes acontece porque as pessoas são contraditórias e criam expectativas em cima de você, muitas vezes até tentam te dominar, procure aguçar seus sentidos para perceber intenções por trás de gestos e palavras, elas estão sempre lá.
  4. Não é criticando ninguém que você fará com que a pessoa mude. Se precisar aconselhar alguém lembre-se de se colocar no lugar dele, esfrie a cabeça antes de falar e comece sempre, sempre elogiando.
  5. Não somos responsáveis pelo que os outros esperam nós. Nascemos  pra buscar nossa felicidade, e não para agradar os outros e muito menos nos encaixar em algum modelo de comportamento. Todo mundo erra, é humano, não tente ser perfeito, viva!)
  6. Nunca abra mão do que te traz felicidade. Hoje estar em paz é o maior motivo da minha felicidade, o curioso é que ando me sentindo mais em paz sozinha;
  7. A solidão e a melancolia são minha maior inspiração; Aprendi a apreciar meus momentos tristes, a curtir eles, a torná-los produtivos. Então a solidão passou a ser algo necessário, como o ar, e não mais um martírio;
  8. Pense com sua própria cabeça. Se questione sempre os reais motivos dos teus desejos, identifique as fontes, tenha certeza que eles vêm de dentro da tua alma. Então os viva e não se culpe. A sociedade quase sempre está errada, não ligue para o que é "aceitável";
  9. Se você desistiu de algo ou alguém não significa que você é um fracassado, levante, sacuda a poeira e tente de novo, procure aprender sempre com teus erros, eles serão tua maior escola.
  10. O sofrimento sempre é um processo interno. O que você sente é teu, pode ser que mais ninguém sinta da mesma forma. Não somatize. Tenha sempre uma válvula de escape. A minha é a escrita, qual a tua?

30.6.15

Sobre a polêmica Zeca Camargo e a comoção sobre a morte de Cristiano Araújo

Quem está preso em geral não enxerga as grades!

Zeca Camargo fez uma crônica sobre as proporções absurdas em torno da morte do cantor sertanejo Cristiano Araújo. Que eu compartilhei inclusive, pois ela ressonou com os meus pensamentos. Segue a crônica!

Como São muitas plataformas de vídeos nessa web lógico que não consegui mostrá-lo aqui! Mas segue o link do vídeo na página da globo news, onde foi veiculada a crônica do Zeca!

http://globotv.globo.com/globo-news/jornal-das-dez/v/cristiano-araujo-arrastava-multidoes-pelo-interior-do-pais/4283896

Vivemos numa sociedade maniqueísta e preconceituosa. Quando temos opiniões que destoam da maioria somos tachados de ignorantes, e olha só "PRECONCEITUOSOS". Foi o que aconteceu com Zeca Camargo que foi limado e linchado publicamente por ter apresentado sua opinião. Ele não desmereceu o trabalho do Cristiano, não disse que não tinha valor. Ele apenas disse que não era original, que seguia uma formula pronta de sucesso. E fez um meia culpa, afirmando que isso era um problema da nossa sociedade. Que também não aprecia obras, músicas originais. Melhor ainda as trata com hostilidade. Com a mesma hostilidade que Zeca pode sentir na pele.

Quem está preso não enxerga as grades!

Gente olha só: eu gosto de música sertaneja! Eu me divirto ouvindo! No meu carro o DVD que não sai é o do Jorge e Matheus! E sim eu achei absurda a comoção e a cobertura da morte do cantor Cristiano Araújo. Só o tempo poderá me/nos responder, mas eu aposto que em 5, 10 anos ninguém se lembrará dele ou de suas músicas! Ele não construiu uma obra imortal, que seguirá  além dele. Era sobre isso que Zeca se referia quando comparou suas músicas com os livros de colorir!

E se a gente precisa explicar tanto assim, é porque tem algo de muito errado com nossa sociedade que anda cada vez mais surda, cega e muda!





22.4.15


Fala, Amendoeira



Esse ofício de rabiscar sobre as coisas do tempo exige que prestemos alguma atenção à natureza - essa natureza que não presta atenção em nós. Abrindo a janela matinal, o cronista reparou no firmamento, que seria de uma safira impecável se não houvesse a longa barra de névoa a toldar a linha entre o céu e o chão - névoa baixa e seca, hostil aos aviões. Pousou a vista, depois, nas árvores que algum remoto prefeito deu à rua, e que ainda ninguém se lembrou de arrancar, talvez porque haja outras destruições mais urgentes. Estavam todas verdes, menos uma. Uma que, precisamente, lá está plantada em frente à porta, companheira mais chegada de um homem e sua vida, espécie de anjo vegetal proposto ao seu destino.Essa árvore de certo modo incorporada aos bens pessoais, alguns fios eléctricos lhe atravessam a fronde, sem que a molestem, e a luz crua do projetor, a dois passos, a impediria talvez de dormir, se ela fosse mais nova. Às terças, pela manhã, o feirante nela encosta sua barraca, e ao entardecer, cada dia, garotos procuram subir-lhe o tronco. Nenhum desses incómodos lhe afeta a placidez de árvore madura e magra, que já viu muita chuva, muito cortejo de casamento, muitos enterros, e serve há longos anos à necessidade de sombra que têm os amantes de rua, e mesmo a outras precisões mais humildes de cãezinhos transeuntes.Todas estavam ainda verdes, mas essa ostentava algumas folhas amarelas e outras já estriadas de vermelho, gradação fantasista que chegava mesmo até o marrom - cor final de decomposição, depois a qual as folhas caem. Pequenas amêndoas atestavam o seu esforço, e também elas se preparavam para ganhar coloração dourada e, por sua vez, completado o ciclo, tombar sobre o meio-fio, se não as colhe algum moleque apreciador do seu azedinho. E como o cronista lhe perguntasse - fala, amendoeira - por que fugia ao rito de suas irmãs, adotando vestes assim particulares, a árvore pareceu explicar-lhe:- Não vês? Começo a outonear. É 21 de Março, data em que as folhinhas assinalam o equinócio do outono.Cumpro meu dever de árvore, embora minhas irmãs não respeitem as estações.- E vais outoneando sozinha?- Na medida do possível. Anda tudo muito desorganizado, e, como deves notar, trago comigo um resto de verão, uma antecipação de primavera e mesmo, se reparares bem neste ventinho que me fustiga pela madrugada, uma suspeita de inverno.- Somos todos assim.- Os homens, não. Em ti, por exemplo, o outono é manifesto e exclusivo. Acho-te bem outonal, meu filho, e teu trabalho é exactamente o que os autores chamam de outonada: são frutos colhidos numa hora da vida que já não é clara, mas ainda não se dilui em treva. Repara que o outono é mais estação da alma que da natureza.- Não me entristeças.- Não, querido, sou tua árvore-da-guarda e simbolizo teu outono pessoal. Quero apenas que te outonizes com paciência e doçura. O dardo de luz fere menos, a chuva dá às frutas seu definitivo sabor. As folhas caem, é certo, e os cabelos também, mas há alguma coisa de gracioso em tudo isso: parábolas, ritmos, tons suaves... Outoniza-te com dignidade, meu velho.


Carlos Drummond de Andrade - Fala, amendoeira (1957)



4.3.15

Tempo de Amadurecer

Ouvi hoje cedo a Martha Medeiros e o David Coimbra comentando na gaúcha sobre a crônica de comportamento humano, publicada hoje, 04 de março de 2015, da Martha Medeiros e começo a minha, com a frase que Martha encerra a dela: "E se a ética vier a ser o nosso forte, em todas as camadas da sociedade." Escrever sobre política ou sobre comportamento humano no meu modo de ver o mundo é falar exatamente sobre o mesmo assunto. Não é possível separá-las a maneira como as pessoas se relacionam é o que faz a política, afinal nós humanos somos seres sociais e políticos por natureza, o ato de dialogar em si é política pura. Ser diplomático e ter comportamentos coerentes requer habilidades políticas e sobre comportamento humano.

O problema maior que vejo no cenário social e político brasileiro é que somos uma nação que valoriza os excessos e julga pelas divergências e não pelos pontos em comum. Estamos sempre na berlinda cuidando para não desagradar alguém, para não sermos rejeitados. E faço uma analogia da política com o Big Brother Brasil, que é uma experiência magnifica sobre comportamento humano, o que vemos são pessoas sendo rejeitados quando tem posição, quando argumentam e pensam e expõe suas ideias e filosofias, enquanto maus caracteres que roubam, dissimulam, mas não entram em confronto, nem sabem argumentar seus ideais vão sendo "absolvidos" no jogo do BBB e da vida!

Na política? Funciona igual, tomemos por bases os debates eleitorais para a última eleição, nenhum candidato se expões, fala de suas convicções políticas, sociais e nem sobre temas controversos e que vai desagradar "eleitores". Somos uma nação de crianças que não consegue aceitar "cortes" e "algum sofrimento" em virtude de um bem maior. Que não sabe cortar na carne, segurar o orçamento, economizar e administrar seu tempo, seu dinheiro, não sabe planejar ações para se tornar gente grande. Só sabe espernear como bebês quando fazem caca, ou estão com fome. E estou fazendo analogias que servem para todas as classes sociais, sem exceção. Já falei que o comportamento de políticos brasileiros é um reflexo do comportamento de nós brasileiros. Então gente chega de ficar gemendo e chorando, vamos fazer a nossa parte pra "crescer" como pessoas, como país!

Vamos estudar mais, trabalhar mais, economizar mais, ser mais criativos, nos envolver mais em política, vamos nos tornar mais responsáveis pela nossa própria vida. Só teremos um governo melhor quando sim formos mais éticos e responsáveis com a gente mesmo e com os outros, chega de ficar empurrando a adolescência com a barriga! É tempo de amadurecer!

18.2.15

Clube do livro do Armazém K

Isto mesmo, teremos pelo menos um clube do livro no armazém K! Como vai funcionar? Simples é só chegar dia 10 de março, às 18h no Armazém K, com o primeiro livro que neste caso é uma sugestão imposta, mas precisamos ter um ponto de partida: A mulher de trinta anos de Honoré de Balzac.

Tá e o que eu vou ganhar com isso? Só pela tua presença um espresso é cortesia da casa, e não é qualquer espresso, é simplesmente o melhor de Novo Hamburgo. E 10% de desconto em tudo que for consumido neste dia no Armazém K. Além de poder partilhar tua visão sobre o livro, com outras pessoas que também o leram, e tem visão de mundo diferente da tua.

Mas conta aí Kelen, como surgiu essa ideia? Assisti o filme: O clube de leitura de Jane Austen,(coloquei o trailer ali em baixo) alguns anos atrás e o revi muitassss vezes, e a ideia de formar um clube de leitura já passou diversas vezes pela minha cabeça desde então, mas só agora com o Armazém K, sendo o ponto de encontro e o elo entre os leitores, estou podendo colocar ela em pratica.

Eu comprei o meu livro na livraria Letras e Cia, ali no Novo Shopping, numa versão de bolso da L&PM, a editora disponibiliza o livro para compra on-line no link: http://www.lpm.com.br/site/default.asp?Template=../livros/layout_produto.asp&CategoriaID=636453&ID=921131

e a versão e-book:  http://www.lpm.com.br/site/default.asp?Template=../livros/layout_produto.asp&CategoriaID=636453&ID=526350

Se gostou da nossa ideia, mas não conseguiu ler o livro venha igual ao nosso encontro e nos ajude a escolher qual será o próximo livro que vamos ler e partilhar!
Esperamos por vocês dia 10 de março de 2015 às 18hrs no Armazém K, que fica na rua almirante Barroso, 17, centro, Novo Hamburgo.


4.2.15

Pronta?

Eu sei que estou pronta pra um relacionamento, mas e daí? Um relacionamento não é feito de uma pessoa apenas. É preciso ter dois corpos e duas almas envolvidas. E se aprendi algo com meus relacionamentos anteriores é que não basta ter disposição e sentimento. De boas intenções o inferno tá cheio. Eu não quero alguém que queira se relacionar comigo, eu quero alguém que se relacione comigo. Que já tenha tratado suas dores e perdas. Preciso de alguém que entenda que relacionamento é paz sim, mas é sofrimento também. Que não há paz sem guerras, sem guerras internas, sem escolhas, sem arrependimentos e sem culpas.
Quero alguém que tope a parte boa e aceite com coragem e peito aberto todos os mal entendidos, todo o medo do fim, porque sim todo relacionamento tem final, mesmo que dure pra sempre.


sobre a necessidade de escrever (entender)

Preciso escrever,
preciso escrever pra entender a dor,
pra suportar a dor;

Preciso escrever pra cutucar na ferida
pra colocar remédio lá dentro,
lá no fundo, onde nem marcas haviam;

Preciso escrever
pra que a ferida cicatrize de dentro pra fora,
vire lembrança, lembrança de guerra.

Preciso escrever
pra acelerar o tempo de cura,
pra sentir orgulho do processo e da cicatriz

Preciso escrever
pra viver, viver em busca de paz




3.2.15

Querer gostar

Eu comecei a pensar sobre o que aconteceu e percebi que estou sendo egoísta. Eu não tenho certeza se quero ficar com ele, então porque ele precisa ter?

- Tu quer?
- Eu quero querer.

Eu estava repetindo os mesmos erros do passado. E talvez seja essa a lição que eu deva tirar desse história. Que não dá pra ter certeza, que a carreta tem que ficar atrás dos bois e não na frente. E que assinar contrato antes não altera a ordem dos fatores. Pra viver a vida é preciso haver dúvidas e é preciso de tempo para amadurecer os sentimentos.

- Tu gosta dele?
- Eu não sei até que ponto gosto dele, ou gostava de estar com ele, gostava de quem eu me tornava quando estava com ele. Sinto falta disso.

 Mas será que isso é amor? Mas e se não for? Pensei que ele estivesse sendo leviano comigo, acho que na realidade eu é quem estava sendo leviana com nós dois.

29.1.15

Como não se envolver?

Aí tu demora uns 4 anos pra deixar alguém entrar, literalmente entrar na tua vida, te permite sonhar de novo, começa a acreditar em sonhos antigos de novo. Aí tu fica o tempo todo te perguntando se é mesmo verdade o que está acontecendo e tudo que é dito, cada olhar, cada toque te fazem acreditar fielmente que tu pode confiar. Que vocês tem sinergia, que acreditam na simplicidade da vida, que parecem levar a vida da mesma forma leve.

Aí tu abre a janela, a porta, os braços, os abraços, o corpo, a alma e o coração. Daí sem meias palavras, sem nenhum cuidado, nenhum aviso toda a conexão vai pelo ralo, e todos os novos sonhos, os novos planos derretem. E o que fica é a certeza que apesar da dor, e da raiva que sinto não vou parar de buscar a minha felicidade.

É claro que ela não depende de outra pessoa, mas que seria mais fácil ah isso seria.



19.12.14

Ano de ajustar o prumo

Se 2014 começou tal como uma folha em branco, ele termina com tanta história começada. Que ano esse 2014!!! E fico feliz que estejas no fim, me trouxe muitas surpresas, algumas ótimas, outras nem tanto, e tu se finda imbicando o nariz para águas mais calmas... Que venha 2015, e que sejas mais calmo e sereno, e que minhas previsões estejam corretas e tu me tragas águas tranquilas pra navegar.

Espero colocar em prática os planos arquitetados em 2014. Que o Armazém K prospere e satisfaça cada vez mais clientes e alimente corpos e almas. Que o meu plano alimentar possa se concretizar e eu consiga cuidar da minha alimentação e saúde. Que escrever vire rotina e eu consiga investir nesse meu lado que amo tanto e tanta paz me traz. Que minhas contas sejam pagas uma a uma e eu termine 2015 sem dívidas. Que o amor me encontre e seja leve e não seja breve.






7.9.14

Por onde eu andava que não conhecia Rubem Alves???

Acabei de assistir um documentário sobre Rubem Alves que me tocou meu coração e falou muito claramente com posicionamentos que tenho a cerca do mundo, pessoas, religião, educação, envelhecer, eutanásia, e tudo isso em apenas 45 minutos. Algumas frases ainda não foram completamente assimiladas.

No link você terá acesso ao documentário: Rubem Alves, o professor de espantos.
Que é um primor, delicado, doce com uma música impecável.

"Não desejo que você simplesmente entenda o que eu escrevo, entender é um ato racional. O que eu quero é que meu texto seja comido antropofagicamente. Quero que você sinta meu gosto. Desejo que meus leitores ao lerem meus textos fiquem com olhos semelhantes aos meus, assim eles verão o mundo da forma que eu vejo, e as palavras, se tornaram, então, desnecessária."
Rubem Alves.


Preciso lê-lo urgentemente fiquei espantada com a genialidade e a lucidez deste mago brasileiro.

E eis que descubro este texto lindo:

“Educação do olhar”, por Rubem Alves


“Educar é mostrar a vida a quem ainda não a viu.
O educador diz: “Veja!” – e, ao falar, aponta.
O aluno olha na direção apontada e vê o que nunca viu.
Seu mundo se expande.
Ele fica mais rico interiormente.
E, ficando mais rico interiormente, ele pode sentir mais alegria e dar mais alegria – que é a razão pela
qual vivemos.
Já li muitos livros sobre psicologia da educação, sociologia da educação, filosofia da educação –
mas, por mais que me esforce, não consigo me lembrar de qualquer referência à educação do olhar ou à
importância do olhar na educação, em qualquer deles.
A primeira tarefa da educação é ensinar a ver. É através dos olhos que as crianças tomam contato com
a beleza e o fascínio do mundo.
Os olhos têm de ser educados para que nossa alegria aumente.
A educação se divide em duas partes: educação das habilidades e educação das sensibilidades. Sem a educação das sensibilidades, todas as habilidades são tolas e sem sentido.
Os conhecimentos nos dão meios para viver. A sabedoria nos dá razões para viver.
Quero ensinar as crianças.
Elas ainda têm olhos encantados.
Seus olhos são dotados daquela qualidade que, para os gregos, era o início do pensamento: a capacidade de se assombrar diante do banal.
Para as crianças, tudo é espantoso: um ovo, uma minhoca, uma concha de caramujo, o vôo dos urubus, os pulos dos gafanhotos, uma pipa no céu, um pião na terra. Coisas que os eruditos não vêem.
Na escola eu aprendi complicadas classificações botânicas, taxonomias, nomes latinos – mas esqueci.
Mas nenhum professor jamais chamou a minha atenção para a beleza de uma árvore, ou para
o curioso das simetrias das folhas.
Parece que, naquele tempo, as escolas estavam mais preocupadas em fazer com que os alunos decorassem palavras que com a realidade para a qual elas apontam.
As palavras só têm sentido se nos ajudam a ver o mundo melhor. Aprendemos palavras
para melhorar os olhos.
Quando a gente abre os olhos, abrem-se as janelas do corpo, e o mundo aparece refletido dentro
da gente.
Jardins bonitos há muitos, mas só traz alegria o jardim que nascer dentro da gente.
São as crianças que, sem falar, nos ensinam as razões para viver.
Elas não têm saberes a transmitir.
No entanto, elas sabem o essencial da vida.
Quem não muda sua maneira adulta de ver e sentir e não se torna como criança jamais será sábio.”

Texto de Rubem Alves

21.8.14

Relacionamento

Eu não quero um namorado, eu quero mais!
Eu quero um companheiro, que também seja amigo,
Não quero uma relação morna, quero paixão, mistério,
Mas também quero paz e carinho.

Quero um colo pra deitar, um ouvido que escute, e um abraço que me esconda.
Quero um parceiro que me acompanhe, que seja livre e me queira livre
Que não precise de mim, mas queira mesmo assim dividir a vida comigo.

Que ame viajar e provar novos temperos, vinhos e cervejas.
Que goste de escrever e ler o que eu escrevo.
Que tenha sensibilidade pra entender o apreço que tenho na minha melancolia

Que goste de tomar banho junto e dormir de conchinha pelo menos até eu pegar no sono.
Que goste de me escrever sacanagens ao longo do dia.
Que fale palavrão e tenha defeitos dos quais se nega a abrir mão.

Que me instigue, me aguce, me deseje, me valorize
Que eu admire e respeite, que me ame e que eu o ame também.
Que mesmo nesse mundo insano queira ter filhos e criá-los comigo.

Que tenha medo de relacionamentos mas que tenha coragem suficiente para se entregar de corpo e alma em um.



7.7.14

Novos desafios

A cada novo dia me convenço que a felicidade só encontra quem decide ser feliz. Eu decidi ser feliz. E depois de muito lutar, principalmente comigo mesmo, percebi que só parando de brigar é que a felicidade te encontra.

A felicidade é um estado de espirito, não é a ausência de problemas e de conflitos, os meus sempre existiram e irão continuar, o que mudou foi a minha capacidade de resolvê-los, ou mesmo de não me deixar abater com a presença deles.

Essa nova fase da minha vida é com certeza a mais feliz, e eu nunca tive tanta dívida, nunca tive que resolver tantos problemas, nunca estive tão dona do meu nariz, e comprometida comigo e com meus projetos. Mas também nunca fui tão leve com meus defeitos e meus erros.

Meu armazém K me desafia a cada novo dia, não é fácil, mas quem disse que seria?

A vida dá voltas e a gente se reinventa sempre, estou me reinventando de novo, me reinventando aonde acredito que serei mais realizada. Muitos já disseram que seria pouco pra mim, será mesmo? Não quero mais o mundo, quero o meu mundo com paz, principalmente a de espírito.

Estava com saudades de escrever, ainda estou, e provavelmente ainda ficarei por um tempo grande, pois meu novo projeto vai exigir muita dedicação e tempo, por um tempo longo. Mas assim que sobrar um tempinho volto pra contar como as coisas estão andando.

Tenho que ir, estou atrasada, é preciso correr a favor do tempo desta vez.

Boa semana!
E me desejem sorte!


17.6.14

Falência do sistema judiciário brasileiro

Este senário de guerra civil que se vê nas ruas das nossas cidades vem sendo anunciado há tempos sem que nenhuma mudança ocorra. Medidas paliativas são tomadas, apaziguasse os ânimos, até que a dor daqueles que tem todos os dias seus filhos, seu marido, sua esposa, seus amigos ceifados de nossa convivência se torne rotina.

O sistema judiciário brasileiro é injusto e cruel com toda a sociedade. Não pune, não castiga, não reabilita. Não isola quem não sabe conviver em sociedade. E nós sociedade pagamos um preço alto demais, pagamos com nossas vidas, com nossa intranquilidade. Não vejo outra perspectiva que não voltarmos ao olho por olho, dente por dente se mudanças radicais não forem adotadas.

Hoje perdi um colega de escola, que talvez nem lembrasse de mim, mas eu lembro dele e sua morte me lembra que a cada novo dia sou quem poderá virar estatística.

Vá em paz Gabriel, e que Deus, se ele existe que cuide de nós e da tua família!

19.3.14

Joaquim Pessoa

Acho que me apaixonei por mais um autor... Não consigo parar de ler suas poesias! Joaquim Pessoa


Viver é...Viver é uma peripécia. Um dever, um afazer, um prazer, um susto, uma cambalhota. Entre o ânimo e o desânimo, um entusiasmo ora doce, ora dinâmico e agressivo.
Viver não é cumprir nenhum destino, não é ser empurrado ou rasteirado pela sorte. Ou pelo azar. Ou por Deus, que também tem a sua vida. Viver é ter fome. Fome de tudo. De aventura e de amor, de sucesso e de comemoração de cada um dos dias que se podem partilhar com os outros. Viver é não estar quieto, nem conformado, nem ficar ansiosamente à espera.
Viver é romper, rasgar, repetir com criatividade. A vida não é fácil, nem justa, e não dá para a comparar a nossa com a de ninguém. De um dia para o outro ela muda, muda-nos, faz-nos ver e sentir o que não víamos nem sentíamos antes e, possivelmente, o que não veremos nem sentiremos mais tarde.
Viver é observar, fixar, transformar. Experimentar mudanças. E ensinar, acompanhar, aprendendo sempre. A vida é uma sala de aula onde todos somos professores, onde todos somos alunos. Viver é sempre uma ocasião especial. Uma dádiva de nós para nós mesmos. Os milagres que nos acontecem têm sempre uma impressão digital. A vida é um espaço e um tempo maravilhosos mas não se contenta com a contemplação. Ela exige reflexão. E exige soluções.
A vida é exigente porque é generosa. É dura porque é terna. É amarga porque é doce. É ela que nos coloca as perguntas, cabendo-nos a nós encontrar as respostas. Mas nada disso é um jogo. A vida é a mais séria das coisas divertidas.

http://www.citador.pt/poemas/a/joaquim-pessoa

17.3.14

Vida

Nunca me senti tão inteira. Não me falta nada. Até lágrimas não me faltam. Essa sensação de plenitude é nova, estranha, acolhedora, mas confesso que um "pouquito" desconfortável.


Tenho vontades, mais que vontades, eu as torno realidades. Tudo parece ter mais sabor, mais tempero. Até cuidar da casa é bom. Até lavar a louça é gostoso. Até a rotina anda me fazendo um bem.

Tenho conseguido afastar de mim aquilo que não me convém. E tenho deixado por perto aquilo que me faz bem. Não sei se é auto-conhecimento, determinação ou felicidade, mas que é bom, lá isso é!

15.3.14

Só Paixão

A minha pele só sente o teu toque
Meus olhos só enxergam os teus,
Minhas palavras só percebem as tuas.

Meu olfato persegue teu cheiro
Minha língua saliva teu gosto
Meus ouvidos anseiam tua voz, língua e dedos

Tu despertas minha líbido, meu melhor, meu pior
Até a tortura da tua ausência me dá prazer
Tua presença afasta a solidão de ser um só
Me permites inteira, me queres inteira
Saboreia minha intensidade e me pedes mais
Deseja minha vontade e me pedes mais
Se deleita de mim, comigo, em mim, enfim...

Kelen Trentin

Encontrei essa poesia e achei justo guardá-la aqui!

Assim me perguntaste, 
assim te respondi: 
tudo é paixão.
Como não lamber 
da tua pele, o mel 
que o desejo fabrica?
E como a minha boca 
não recolher o néctar 
da tua boca?
Ou como não sorver 
das tuas mãos o pólen 
da ternura?
E se, em vez de paixão, 
for sexo apenas, 
ou loucura?
Pode até não ser amor. 
Mas, seja o que for, 
não é pior.
Joaquim Pessoa
in “Ano Comum"




14.3.14

Acho que me identifiquei...

"Não te apaixones por uma mulher que lê, por uma mulher que tem sentimentos, por uma mulher que escreve. Não te apaixones por uma mulher culta, maga, delirante, louca. Não te apaixones por uma mulher que pensa, que sabe o que sabe e também sabe voar, uma mulher confiante em si mesma.
Não te apaixones por uma mulher que ri ou chora quando faz amor, que sabe transformar a carne em espírito; e muito menos te apaixones por uma mulher que ama poesia (estas são as mais perigosas), ou que fica meia hora contemplando uma pintura e não é capaz de viver sem música.
Não te apaixones por uma mulher que está interessada em política, que é rebelde e sente um enorme horror pelas injustiças. Não te apaixones por uma mulher que não goste de assistir televisão.
Não te apaixones por uma mulher intensa, brincalhona e irreverente. Não queiras te apaixonar por uma mulher assim. Porque quando te apaixonares por uma mulher como esta, se ela vai ficar contigo ou não, se ela te ama ou não, de uma mulher assim, jamais conseguirás ficar livre."

Martha Rivera Garrido 

PS: Não conhecia a autora, fiz uma pequena pesquisa e achei possível este trecho ser dela. Eis o site que encontrei: http://subocaessumedida.wordpress.com/biografia/

Achei também este trecho em espanhol, sua língua mãe, e sabe que eu gostei mais, então vou deixá-lo aqui com tudo que mais amo, em ler, escrever, recitar e o que me faz pensar!

"No te enamores de una mujer que lee, de una mujer que siente demasiado, de una mujer que escribe…
No te enamores de una mujer culta, maga, delirante, loca.
No te enamores de una mujer que piensa, que sabe lo que sabe y además sabe volar; una mujer segura de sí misma.
No te enamores de una mujer que se ríe o llora haciendo el amor, que sabe convertir en espíritu su carne; y mucho menos de una que ame la poesía (esas son las más peligrosas), o que se quede media hora contemplando una pintura y no sepa vivir sin la música.
No te enamores de una mujer a la que le interese la política y que sea rebelde y vertigue un inmenso horror por las injusticias.Una a la que le gusten los juegos de fútbol y de pelota y no le guste para nada ver televisión. Ni de una mujer que es bella sin importar las características de su cara y de su cuerpo.
No te enamores de una mujer intensa, lúdica y lúcida e irreverente.
No quieras enamorarte de una mujer así.
Porque cuando te enamoras de una mujer como esa, se quede ella contigo o no, te ame ella o no, de ella, de una mujer así, JAMAS se regresa."

11.3.14

O que eu quero? Again?

Oh yeh, Again... A pergunta que me move é: O que eu quero? Hoje eu quero não repetir meus erros, eu quero ter o controle sobre as minhas reações, não reagir por impulso. E nem entrar em disputas desnecessárias, quer disser não aceitar "duelar" por disputas em que eu já sou a vencedora. Me lembrei de uma ex-funcionária de 16 anos, que achava que trabalhava mais que eu, e ficava competindo comigo o tempo inteiro, eu sem me dar conta acabei entrando na disputa, me pergunto hoje: porquê? Eu até sei as respostas, mas não hei de entregá-las tão fácil assim, ou melhor ando me controlando mais, afinal eu não preciso provar nada pra ninguém...
E o meu melhor eu reservo apenas pra quem merece.

8.3.14

O que é ser mulher?
 
Não sei ao certo, ainda estou descobrindo, e todas nós estamos nos descobrindo e nos reinventando e acreditando em finais felizes sempre. Dizem que todas as grandes mudanças no mundo foram feita por nós, mulheres, não sei ao certo, porque os livros não nos contam nossas histórias, nossas lutas, nossas conquistas.




Mulheres seres altruístas por natureza, seres formadores por natureza, temos a vantagem de realizar motivadas não pelo mérito das conquistas, mas pelo prazer de ver a obra pronta!
Somos guiadas por um instinto de auto preservação que por muito tempo fez com que deixássemos os louros de nossas conquista para os homens mais vaidosos que nós. Espero que este tempo esteja chegando ao fim, e que nossas conquistas possam ser nossas por direito, mérito e honras!




Que nada te defina mulher, que nada te sujeite mulher, que nada te limite mulher, que a liberdade seja tua própria substância. Que tu continues a te tornar aquilo que tu quiseres! E passe a te orgulhar das tuas conquistas!

O meu desejo para este 8 de março de 2014 é que os livros de história contem mais sobre a nossa história, nossas lutas, nossas prisões e abnegações. Porque afinal nós somos as mães desta sociedade!

E que como disse um amigo: “Que os ventos da igualdade continuem a tocar nossos corações”

Feliz dia internacional da mulher


3.3.14

Um lugar na janela

Ganhei o livro da Martha Medeiros de presente de aniversário. O comecei a ler antes de uma lista grande pois empaquei no livro do Bukowski, contos de um velho safado. Sabe quando a leitura não desanda, não rende? Pois é, acredito que quando isso acontece com um livro é porque não estamos prontos pra ele. Achei que estava precisando ler algo leve, pra me divertir, fui a minha pequena, mas crescente biblioteca e optei pela Martha, já li Divã, de autoria dela, li no mesmo ano que enfrentei meu divorcio, e o livro parecia escrito pra mim, apesar da grande diferença de idade da personagem principal e eu. Um lugar na janela relatos de viagem inicia muito bem, contos de viagens antigas da Martha, entramos em contato com uma adolescente, disposta a se descobrir e encarar seus medos, se desafiando, conhecendo pessoas, os primeiros contos são ótimos, desafiadores, nos faz querer fazer uma mochila e zarpar para Londres, repensei minha impressão sobre Santiago. É uma pena que ao longo do caminho a adolescente dá lugar a uma mulher de meia idade que começa a se tornar pedante, cheia de manias e de controle, se desafia quase por obrigação e não por prazer. Perde a curiosidade do olhar juvenil e dá lugar a uma mulher que acha que já conquistou tudo na vida, que se acha no direito de olhar o mundo pelas suas lentes, que ao contrário do que pensa estão carregados de preconceito.
O livro termina enfadonho, terminei porque na minha vida, de uns tempos pra cá, tenho me esforçado realmente em terminar aquilo que começo. 
Terminei o livro com a certeza que não quero me tornar essa mulher de meia idade com medo dos medos que ainda tem, quase paralisada diante da vida, satisfeita com a posição de contadora de histórias. Eu quero continuar  sendo a protagonista!