"Essas palavras que escrevo me protegem da completa loucura." - Charles Bukowski

19.3.14

Joaquim Pessoa

Acho que me apaixonei por mais um autor... Não consigo parar de ler suas poesias! Joaquim Pessoa


Viver é...Viver é uma peripécia. Um dever, um afazer, um prazer, um susto, uma cambalhota. Entre o ânimo e o desânimo, um entusiasmo ora doce, ora dinâmico e agressivo.
Viver não é cumprir nenhum destino, não é ser empurrado ou rasteirado pela sorte. Ou pelo azar. Ou por Deus, que também tem a sua vida. Viver é ter fome. Fome de tudo. De aventura e de amor, de sucesso e de comemoração de cada um dos dias que se podem partilhar com os outros. Viver é não estar quieto, nem conformado, nem ficar ansiosamente à espera.
Viver é romper, rasgar, repetir com criatividade. A vida não é fácil, nem justa, e não dá para a comparar a nossa com a de ninguém. De um dia para o outro ela muda, muda-nos, faz-nos ver e sentir o que não víamos nem sentíamos antes e, possivelmente, o que não veremos nem sentiremos mais tarde.
Viver é observar, fixar, transformar. Experimentar mudanças. E ensinar, acompanhar, aprendendo sempre. A vida é uma sala de aula onde todos somos professores, onde todos somos alunos. Viver é sempre uma ocasião especial. Uma dádiva de nós para nós mesmos. Os milagres que nos acontecem têm sempre uma impressão digital. A vida é um espaço e um tempo maravilhosos mas não se contenta com a contemplação. Ela exige reflexão. E exige soluções.
A vida é exigente porque é generosa. É dura porque é terna. É amarga porque é doce. É ela que nos coloca as perguntas, cabendo-nos a nós encontrar as respostas. Mas nada disso é um jogo. A vida é a mais séria das coisas divertidas.

http://www.citador.pt/poemas/a/joaquim-pessoa

17.3.14

Vida

Nunca me senti tão inteira. Não me falta nada. Até lágrimas não me faltam. Essa sensação de plenitude é nova, estranha, acolhedora, mas confesso que um "pouquito" desconfortável.


Tenho vontades, mais que vontades, eu as torno realidades. Tudo parece ter mais sabor, mais tempero. Até cuidar da casa é bom. Até lavar a louça é gostoso. Até a rotina anda me fazendo um bem.

Tenho conseguido afastar de mim aquilo que não me convém. E tenho deixado por perto aquilo que me faz bem. Não sei se é auto-conhecimento, determinação ou felicidade, mas que é bom, lá isso é!

15.3.14

Só Paixão

A minha pele só sente o teu toque
Meus olhos só enxergam os teus,
Minhas palavras só percebem as tuas.

Meu olfato persegue teu cheiro
Minha língua saliva teu gosto
Meus ouvidos anseiam tua voz, língua e dedos

Tu despertas minha líbido, meu melhor, meu pior
Até a tortura da tua ausência me dá prazer
Tua presença afasta a solidão de ser um só
Me permites inteira, me queres inteira
Saboreia minha intensidade e me pedes mais
Deseja minha vontade e me pedes mais
Se deleita de mim, comigo, em mim, enfim...

Kelen Trentin

Encontrei essa poesia e achei justo guardá-la aqui!

Assim me perguntaste, 
assim te respondi: 
tudo é paixão.
Como não lamber 
da tua pele, o mel 
que o desejo fabrica?
E como a minha boca 
não recolher o néctar 
da tua boca?
Ou como não sorver 
das tuas mãos o pólen 
da ternura?
E se, em vez de paixão, 
for sexo apenas, 
ou loucura?
Pode até não ser amor. 
Mas, seja o que for, 
não é pior.
Joaquim Pessoa
in “Ano Comum"




14.3.14

Acho que me identifiquei...

"Não te apaixones por uma mulher que lê, por uma mulher que tem sentimentos, por uma mulher que escreve. Não te apaixones por uma mulher culta, maga, delirante, louca. Não te apaixones por uma mulher que pensa, que sabe o que sabe e também sabe voar, uma mulher confiante em si mesma.
Não te apaixones por uma mulher que ri ou chora quando faz amor, que sabe transformar a carne em espírito; e muito menos te apaixones por uma mulher que ama poesia (estas são as mais perigosas), ou que fica meia hora contemplando uma pintura e não é capaz de viver sem música.
Não te apaixones por uma mulher que está interessada em política, que é rebelde e sente um enorme horror pelas injustiças. Não te apaixones por uma mulher que não goste de assistir televisão.
Não te apaixones por uma mulher intensa, brincalhona e irreverente. Não queiras te apaixonar por uma mulher assim. Porque quando te apaixonares por uma mulher como esta, se ela vai ficar contigo ou não, se ela te ama ou não, de uma mulher assim, jamais conseguirás ficar livre."

Martha Rivera Garrido 

PS: Não conhecia a autora, fiz uma pequena pesquisa e achei possível este trecho ser dela. Eis o site que encontrei: http://subocaessumedida.wordpress.com/biografia/

Achei também este trecho em espanhol, sua língua mãe, e sabe que eu gostei mais, então vou deixá-lo aqui com tudo que mais amo, em ler, escrever, recitar e o que me faz pensar!

"No te enamores de una mujer que lee, de una mujer que siente demasiado, de una mujer que escribe…
No te enamores de una mujer culta, maga, delirante, loca.
No te enamores de una mujer que piensa, que sabe lo que sabe y además sabe volar; una mujer segura de sí misma.
No te enamores de una mujer que se ríe o llora haciendo el amor, que sabe convertir en espíritu su carne; y mucho menos de una que ame la poesía (esas son las más peligrosas), o que se quede media hora contemplando una pintura y no sepa vivir sin la música.
No te enamores de una mujer a la que le interese la política y que sea rebelde y vertigue un inmenso horror por las injusticias.Una a la que le gusten los juegos de fútbol y de pelota y no le guste para nada ver televisión. Ni de una mujer que es bella sin importar las características de su cara y de su cuerpo.
No te enamores de una mujer intensa, lúdica y lúcida e irreverente.
No quieras enamorarte de una mujer así.
Porque cuando te enamoras de una mujer como esa, se quede ella contigo o no, te ame ella o no, de ella, de una mujer así, JAMAS se regresa."

11.3.14

O que eu quero? Again?

Oh yeh, Again... A pergunta que me move é: O que eu quero? Hoje eu quero não repetir meus erros, eu quero ter o controle sobre as minhas reações, não reagir por impulso. E nem entrar em disputas desnecessárias, quer disser não aceitar "duelar" por disputas em que eu já sou a vencedora. Me lembrei de uma ex-funcionária de 16 anos, que achava que trabalhava mais que eu, e ficava competindo comigo o tempo inteiro, eu sem me dar conta acabei entrando na disputa, me pergunto hoje: porquê? Eu até sei as respostas, mas não hei de entregá-las tão fácil assim, ou melhor ando me controlando mais, afinal eu não preciso provar nada pra ninguém...
E o meu melhor eu reservo apenas pra quem merece.

8.3.14

O que é ser mulher?
 
Não sei ao certo, ainda estou descobrindo, e todas nós estamos nos descobrindo e nos reinventando e acreditando em finais felizes sempre. Dizem que todas as grandes mudanças no mundo foram feita por nós, mulheres, não sei ao certo, porque os livros não nos contam nossas histórias, nossas lutas, nossas conquistas.




Mulheres seres altruístas por natureza, seres formadores por natureza, temos a vantagem de realizar motivadas não pelo mérito das conquistas, mas pelo prazer de ver a obra pronta!
Somos guiadas por um instinto de auto preservação que por muito tempo fez com que deixássemos os louros de nossas conquista para os homens mais vaidosos que nós. Espero que este tempo esteja chegando ao fim, e que nossas conquistas possam ser nossas por direito, mérito e honras!




Que nada te defina mulher, que nada te sujeite mulher, que nada te limite mulher, que a liberdade seja tua própria substância. Que tu continues a te tornar aquilo que tu quiseres! E passe a te orgulhar das tuas conquistas!

O meu desejo para este 8 de março de 2014 é que os livros de história contem mais sobre a nossa história, nossas lutas, nossas prisões e abnegações. Porque afinal nós somos as mães desta sociedade!

E que como disse um amigo: “Que os ventos da igualdade continuem a tocar nossos corações”

Feliz dia internacional da mulher


3.3.14

Um lugar na janela

Ganhei o livro da Martha Medeiros de presente de aniversário. O comecei a ler antes de uma lista grande pois empaquei no livro do Bukowski, contos de um velho safado. Sabe quando a leitura não desanda, não rende? Pois é, acredito que quando isso acontece com um livro é porque não estamos prontos pra ele. Achei que estava precisando ler algo leve, pra me divertir, fui a minha pequena, mas crescente biblioteca e optei pela Martha, já li Divã, de autoria dela, li no mesmo ano que enfrentei meu divorcio, e o livro parecia escrito pra mim, apesar da grande diferença de idade da personagem principal e eu. Um lugar na janela relatos de viagem inicia muito bem, contos de viagens antigas da Martha, entramos em contato com uma adolescente, disposta a se descobrir e encarar seus medos, se desafiando, conhecendo pessoas, os primeiros contos são ótimos, desafiadores, nos faz querer fazer uma mochila e zarpar para Londres, repensei minha impressão sobre Santiago. É uma pena que ao longo do caminho a adolescente dá lugar a uma mulher de meia idade que começa a se tornar pedante, cheia de manias e de controle, se desafia quase por obrigação e não por prazer. Perde a curiosidade do olhar juvenil e dá lugar a uma mulher que acha que já conquistou tudo na vida, que se acha no direito de olhar o mundo pelas suas lentes, que ao contrário do que pensa estão carregados de preconceito.
O livro termina enfadonho, terminei porque na minha vida, de uns tempos pra cá, tenho me esforçado realmente em terminar aquilo que começo. 
Terminei o livro com a certeza que não quero me tornar essa mulher de meia idade com medo dos medos que ainda tem, quase paralisada diante da vida, satisfeita com a posição de contadora de histórias. Eu quero continuar  sendo a protagonista!