"Essas palavras que escrevo me protegem da completa loucura." - Charles Bukowski

5.2.14

Go Writers, segunda impressão

 A maneira como eu construía um texto foi de fato desconstruída! As palavras são sagradas, templos é preciso respeitá-las. Cada uma é um diamante bruto e o modo de organizá-las torna-as joias, ou pó, o lápis é a mesma ferramenta que lapida, dá brilho ou esmigalha, esfarela o sonho de um texto.

Divirta-se, transforme o exercício e o hábito em algo divertido e prazeroso. É isso que o "GO WRITERS" faz por ti. A Cris Lisboa transborda paixão em cada palavra que escreve, lê e fala, e como fala!

O Hábito leva a perfeição, como na escrita não há perfeição, o caminho é o destino, e a regra é não ter regra. Permita-se, experimente, apaixone-se, alumbre-se, modifique-se e goze, não no fim, durante, durante!




4.2.14

Go Writers

Ontem comecei um curso de escrita criativa. Esta é a primeira vez que invisto na minha formação como escritora. O desafio é tornar a escrita um hábito, entender e exaurir a técnica, para desconstrui-la de modo que o nosso eu criativo aflore. Gosto da proposta. O desafio é escrever todos os dias, utilizar o papel, mas acho que crio muito melhor na tela do que no papel, prefiro o teclado a caneta, descobri-me escritora na tela, foi aqui que deixei aflorar muito da minha personalidade, foi aqui que me descobri criativa e foi escrevendo por aqui e descobri a escrita e me entender pela escrita. Foi no computador que fiz meus diários, e escrevi bobagens, não tenho cadernos antigos, minhas confidências não estão em papel, estão na tela, armazenadas na nuvem e disponíveis em qualquer lugar que tenha internet. Escreva primeiro, edite depois. Saia da zona de conforto. Não gosto destas frases imperativas, é engraçado uma pessoa falar de processo criativo, e querer impor o processo criativo dela, como se a única maneira de criar fosse a que ela descobriu. Eu não gostei do primeiro dia. Fiquei com a impressão que a professora/escritora se acha a pessoa mais criativa do mundo, e melhor escritora do planeta. Age como se soubesse todas as respostas, não está aberta e nem tenta sair da zona de conforto, não cumpre o que nos pede. É muito difícil ser criativo sob pressão e a crítica só piora o processo e não o incentiva.



Espero sinceramente estar errada. Espero ser convencida que minhas impressões estão equivocadas e minha escrita realmente evolua, e que eu consiga atingir alguns dos objetivos que tracei para 2014. Não quero fechar minha mente à novas ideias e novas maneiras de criar e pensar, mas...




2.2.14

Civilidade, coletividade e individualismo

Fomos capazes de criar uma sociedade coletiva, com serviços que atendem demandas coletivas e particulares de cada cidadão ao mesmo passo formamos pessoas altamente individualistas. Vivemos numa sociedade aonde o bem individual está acima de qualquer demanda coletiva.
Estamos involuindo como sociedade organizada, cidadãos estão cada dia mais egoístas, incivilizados e reclamões. Em situações de crise é que percebemos a reais valores de uma sociedade. Meus conterrâneos me decepcionam quando invadem redes sociais indagando sobre resoluções de problemas pontuais. Indagando sobre quem pagará o SEU prejuízo e esquecendo o prejuízo de tantos outros. Não se importando com prioridades,  tem atitudes passivas frente a sua própria vida, só existe proatividade na hora de reclamar, melhor exigir que seus serviços sejam restabelecidos, por que afinal ele paga por eles. E o dinheiro é o Deus dessa sociedade falida, e que caminha a passos largos para uma anarquia generalizada.

Posso esta r, ou melhor, estou sendo extremista, mas minha visão de longo alcance me permite enxergar esse futuro sim, e o vejo cada dia, ou a cada nova crise, mais próximo. É preciso reeducar a população ensinando-lhe civilidade, compaixão, empatia e ética. Precisamos reinventar nossa sociedade, e nossos valores, precisamos valorizar nossos serviços tão custosos, e tão frágeis. Inverter essa filosofia do EU posso tudo, para o NÓS juntos podemos ainda mais.

Nossa sociedade é baseada na comunicação, certo? Pois é, o que mais demorou a ser estabelecido por aqui depois do fenômeno meteorológico denominado microexplosão foi justamente nossos sistemas de telefonia e internet, tivemos que voltar ao bom e velho rádio. A água depende da energia, e para restabelecer a rede elétrica precisa-se colocar em pé cerca de 100 postes por aqui. O trabalho vai ser duro durante essa semana. E que estas crises nos deixem ensinamentos, pelo menos me deixam alguns ensinamentos: é preciso treinar e capacitar pessoas para agir no automático em tempo de crise e informação precisa ser compartilhada.

O desejo de uma sociedade coletiva pode ser utópico, mas me levanto pela manhã por essa utopia. Por acreditar que uma nova sociedade é possível.